Criança autista é fruto de uma relação fria que tiveram com a mãe
Há 60 anos o autismo foi amplamente difundido pela Psicanálise. Na época, os psicanalistas explicavam o transtorno ocasionado pela equação: MÃES FRIAS, DISTANTES E INTELECTUALIZADAS (refrigerator mothers) = FILHOS AUTISTAS. Hoje se sabe que o autismo é um transtorno do desenvolvimento de origem neurobiológica, o que significa que nascem com condições biológicas diferentes, mas que podem sofrer interferência significativa caso haja intervenção precoce.
Autistas não demonstram afeto
A pessoa com autismo apresenta déficit na expressão adequada das suas emoções, pois não consegue se apropriar dos significados sociais dos seus comportamentos, gestos e manifestações. Isso não significa que não tem afeto, preferências, interesses ou vínculos. Ter limitação nessas manifestações não significa incapacidade para ser afetado pelas pessoas. É importante ensinarmos a expressarem, comunicarem e reconhecerem as expressões faciais e de afetos.
Autistas são “muito” inteligentes ou têm uma inteligência secreta
Em 75% dos casos apresentam deficiência mental. O cérebro da pessoa com autismo é incapaz de processar informações multicategoriais ao mesmo tempo, de modo integrado e contínuo. O que ocorre é que podem apresentar ilhas de competências, mas desarticuladas das outras áreas de inteligência (ESPECIALMENTE A INTELIGÊNCIA SOCIAL), por isso costumam ser considerados “excêntricos”. Podem buscar conforto ao executar repetidamente tarefas simples (como girar objetos) ou tarefas complexas (como buscar números telefônicos na memória).